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Data:   06/07/2010
Título:   Pesquisa do BC eleva previsão do juro básico de 12% para 12,13%
     
     
Resumo:
Fernando Nakagawa > Dias após a divulgação do Relatório Trimestral de Inflação, o mercado aumentou a previsão para o nível do juro básico no fim do ano. Em linha com a avaliação do Banco Central de que a atividade econômica está acelerada e que é preciso reduzir o ritmo para evitar a inflação, analistas aumentaram a aposta para a Selic no fim de dezembro, de 12% para 12,13%. O número quebrado - já que as decisões sobre a taxa variam sempre em 0,25 ponto - indica que o mercado, que previa para outubro o fim ciclo de alta, está dividido entre a possibilidade de estabilidade da Selic e a de alta de 0,25 ponto em dezembro.
     
     
Texto Completo:

Pelas contas do mercado, o ciclo de altas do juro, que começou em abril, deve prosseguir ininterruptamente nos próximos meses: a taxa deve subir 0,75 ponto porcentual nas reuniões de julho (para 11%) e de setembro (para 11,75%). Em outubro, o mercado espera elevação menor, de 0,25 ponto. Em dezembro, por fim, o último aumento do ano, para 12,13%.

 

O aumento das estimativas para o juro acontecem em meio aos alertas do BC de que a economia aquecida pode levar ao descontrole inflacionário.

 

Na pesquisa semanal feita pela autoridade monetária, a estimativa de crescimento da economia, medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), aumentou de 7,13% para 7,20%, na 16.ª alta consecutiva.

 

Além do forte ritmo da economia, o BC alerta que os preços podem subir porque a capacidade de aumento de produção das fábricas está acabando, o que pode incentivar remarcações caso a demanda não seja arrefecida.

 

Para os analistas, essa reação da economia será liderada pelo segmento industrial, que deve apresentar expressivo crescimento de 11,91% em 2010 ante o ano anterior.

 

Apesar de tanto otimismo com o ritmo neste ano, a previsão para 2011 mostra a economia com menos velocidade: a aposta de crescimento do PIB é de 4,50%. Essa diminuição em relação a 2010 pode ser atribuída em boa parte ao aumento do juro que ocorre atualmente e ao fim de benefícios fiscais.